sexta-feira, 8 de abril de 2011

A era da inteligência coletiva

Crédito: Arquivo UPF

A tecnologia e sua influência no universo da leitura, em torno de uma rede, será uma das principais discussões da 14ª Jornada de Literatura. E ninguém melhor para falar sobre o tema do que o filósofo da informação tunisiano, Pierre Lévy. Ele faz uma conferência às 20 horas, no primeiro dia de encontros, 23 de agosto.

Expoente do estudo da cibercultura, aos 54 anos, ele é titular da cadeira de pesquisa em inteligência coletiva da Universidade de Ottawa, no Canadá. Seu trajeto acadêmico inclui a formação da Universidade de Sorbonne: cursou um mestrado em História da Ciência e doutorado em Sociologia e Ciência da Informação e da Comunicação.

Foi ele justamente quem criou o interessante conceito da Inteligência Coletiva: a internet, por exemplo, seria uma interface onde as inteligências individuais são somadas e compartilhadas pelo sociedade. É como se a rede fosse um grande ecossistema de ideias, no qual as informações são trocadas e selecionadas por cada um. Para ele, a tendência é que a humanidade se organize cada vez menos em padrões formais, e que valorize de forma crescente o aprendizado cooperativo e a inteligência coletiva.

Suas teorias são descritas de modo lírico e profético em seus livros, 12 dos quais foram publicados no Brasil. Entre eles, destacam-se “Cibercultura” (Editora 34, 1999), “O que é o virtual?” (Editora 34, 1996) e “A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço” (Loyola, 2000).