terça-feira, 16 de agosto de 2011

Falta apoio à leitura, diz Leo Cunha



Leonardo Antunes Cunha vai participar pela segunda vez da Jornada. Em 2005 ele esteve nas atividades nos circos rotativos (público infantil) e fez palestra para jovens, no auditório de uma escola. Nesta 14ª edição, Leo estará dia 26 no Simpósio Internacional de Literatura Infantil e Juvenil, falando sobre o tema “Literatura, signos e suportes contemporâneos”, ao lado de Sergio Capparelli, Alberto Martos Garcia e Maria Zilda da Cunha.

Leo Cunha completa, em 2011, 20 anos de literatura infantil e juvenil. Ele publicou mais de 40 livros, de literatura infanto-juvenil e de crônicas. Por eles, recebeu alguns dos principais prêmios da literatura infanto-juvenil brasileira, como o Nestlé, Jabuti, FNLIJ, João de Barro, entre outros. Ele atua ainda como tradutor de obras de literatura infantil.

Para ele, há vários entraves que dificultam a leitura entre crianças e jovens: “Podemos citar os familiares (falta de hábito de leitura entre os pais, falta do exemplo da leitura em casa, falta de condições financeiras para montagem de um acervo em casa). Na área escolar, temos dificuldades com a falta de uma pedagogia da leitura literária, acervos insuficientes ou inadequados nas bibliotecas.”

O autor cita ainda os governamentais, ressaltando o apoio insuficiente das várias instâncias do poder público – municipal, estadual, federal – via programas de incentivo à leitura, salões, concursos e outros eventos. “O apoio existe eventualmente, em certas cidades e estados, mas sempre depende da vontade e interesse e vontade políticos dos governantes de plantão, configurando-se como conjuntural e não estrutural, na maioria das vezes.” O número limitado de livrarias, preço dos livros e problemas de distribuição também são comentados por ele.

O maior incentivo aos professores, e outras pessoas, segundo Leo, seria permitir que eles entrassem em contato amplo e frequente com a literatura, fosse ampliando acervos de bibliotecas, via contadores de história ou pela leitura em voz alta. Sobre redes sociais, ele diz: “Acredito que as redes sociais e a internet podem favorece a leitura, estimulando debates, diálogos, espaço para cada um expressar seu gosto pelos livros, e mesmo permitindo espaço para a publicação de contos, poemas e crônicas.”

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